segunda-feira, 13 de setembro de 2010


Quando você decepciona demais as pessoas, o melhor a fazer é se encolher. Juntar sobre si tudo que é seu e deixar de ser notado. Desaparecer pouco a pouco das vidas e dos mundos. Desligar-se de tudo e de todos.

Assim, desaparece a fonte de sofrimento e tudo se torna vazio. Apenas seu eu. Um ser solitário a vagar a pensar. A viver e lembrar.

As vezes.

2 comentários:

Maíra K. disse...

É quando se está errado deve-se admitir, fazer o que não é? Paciência. É esperar o perdão (ou não) se seguir. Pedir desculpas é a melhor saída... Mas não somos perfeitos e estamos sujeitos a isso mesmo!

Beijão!

Bruno Batiston disse...

Engraçado. Se me permite:

Já escrevi um texto com o mesmo título - e, certamente, muitos outros também o fizeram, sem falar nos tantos que o farão. Não é tão original assim, convenhamos... Pois bem, li o seu, reli o meu, constatei: contextos diferentes, mas uma ideia bastante parecida (a solidão, obviamente). O engraçado é que, de quando escrevi aquele texto para cá, mudei um pouco de opinião. Não, a solidão não diminuiu, nem aumentou, só não dói mais. Passou a doer menos e menos depois daquele texto - mais uma prova, para mim, de que escrever realmente vale a pena. O melhor de tudo isso é que, quando parou de doer, eu vi que não estava tão só assim. Passei a reconhecer, a identificar e classificar melhor as coisas e as pessoas à minha volta, porque a dor cega, eu acho.

E eu só disse tudo isso porque espero que não doa. Se estiver doendo, espero que pare e que, se for o caso, você possa ver o que eu tenho visto - ou quem quer que seja que, aí dentro de você, escreveu este texto. (: